
Escrever poesia é uma das minhas paixões mais profundas. Ao longo dos anos, tenho me dedicado intensamente a compor poemas, mergulhando em métricas e na delicadeza das rimas que tanto me encantam.
A disciplina e a melodia dos versos tradicionais têm sido uma constante fonte de satisfação para mim, me desafiando a encontrar harmonia em cada estrofe. Cada palavra é cuidadosamente escolhida, como peças de um quebra-cabeça poético que se encaixam confortavelmente.
No entanto, também me sinto atraído por uma outra dimensão, e pela sensação de liberdade criativa que encontro na poesia livre, quando as correntes das regras poéticas se soltam, permitindo que minha imaginação vagueie sem restrições, me permitindo explorar diferentes estilos, estruturas e ritmos.
Na poesia livre, não há limites para a expressão dos meus pensamentos e sentimentos mais profundos. Cada verso é uma expressão espontânea, uma revelação autêntica de quem sou e do que sinto.
Ao me aventurar pela poesia livre experimento a liberdade por completo. Posso brincar com as palavras, criar imagens vívidas e mergulhar nos temas mais profundos que ecoam dentro de mim e expressá-las de maneira autêntica e verdadeira. Cada palavra escrita é uma descoberta, uma jornada íntima que compartilho com quem me lê.
A poesia tradicional, por sua vez, possui um lugar especial no meu coração. A disciplina métrica e a busca pela rima trazem a harmonia características de meus poemas. Cada sílaba tem seu papel definido, cada estrofe se encaixa em uma estrutura cuidadosamente construída. Escrever dentro dessas estruturas estabelecidas me desafia a encontrar a melodia certa, a explorar a sonoridade das palavras e a criar um jogo poético, a fim de cativar os leitores. É um estilo que me conecta com a tradição literária, com a melodia ancestral da poesia que atravessa gerações.
Cada estilo poético possui seus próprios encantos e geram impactos, quase específicos, nos leitores.
A poesia tradicional traz a sensação de familiaridade, de conexão com o passado, com uma cadência conhecida que ressoa em seus corpos. É uma experiência acolhedora, que nos conecta com nossas raízes culturais e nos faz sentir parte de algo maior.
Por outro lado, a poesia livre desafia as convenções, quebra expectativas e convida os leitores a uma jornada de descoberta pessoal, pois nela cada pessoa pode interpretar os versos de maneira única, encontrando significado pessoal em cada palavra escrita (ou mesmo em suas ausências).
A liberdade de expressão, presente na poesia livre, permite que os leitores se conectem de forma íntima com o poema, refletindo sobre suas próprias experiências e emoções.
No final das contas, tanto a poesia tradicional quanto a poesia livre têm um lugar especial na minha trajetória poética. Cada estilo me desafia e me encanta de maneiras diferentes.
A poesia tradicional me ensina disciplina e me convida a buscar o equilíbrio melódico, enquanto a poesia livre me liberta das formas e me permite explorar novos horizontes criativos.
Como poeta, sinto-me realizado por ter a oportunidade de explorar essas diferentes formas de expressão poética. Cada palavra que escrevo é um pequeno fragmento da mim, compartilhado com humildade e gratidão com aqueles que escolhem explorar meu universo poético. A poesia tradicional e a poesia livre são como as duas faces de uma mesma moeda, expressividades que me impulsionam igualmente e me levam a descobrir diferentes caminhos pelas veredas da poesia.
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